sábado, 29 de junho de 2013

Filhos

                 Meus filhos -tenho dois- são minha vida. Duas pessoas tão diferentes. Duas personalidades tão divergentes, mas que convergem num ponto em comum: o amor. Um é genioso. O outro, bonachão : não se abala com absolutamente nada. Às vezes fico nervosa, xingo, esbravejo - com uma nota que deixa a desejar, por exemplo - e ele continua lá, impassível. Um tira a roupa e joga no cesto de roupas sujas, o outro deixa no lugar onde tirou (Um defeito? Não vejo assim...).
                Tenho pavor em pensar que algum dia eles possam me reprovar por qualquer motivo. Tento, às vezes, adivinhar seus desejos quando seus olhinhos brilham em sonhos tão diversos, algumas vezes impossíveis, algumas vezes, bobos até. Quando os vejo dormindo, meu coraçao aperta. Certa vez os vi sentados ao sol, com os olhinhos apertados, olhando para mim, e pensei que  jamais  seria plenamente feliz sem eles. Meu amor  por doeu e nunca me senti tão grata por ser mãe como me senti naquele dia. Nunca pensei que pudesse amar tão intensamente dois homens tão diferentes ao mesmo tempo.